Sentados em uma
cadeira, a reporte anuncia o inicio do programa - Cultura nordestina - e começa
falando sobre o que será visto no programa.
APRESETNADORA:
-- Bom dia! No
programa de hoje vamos aprender um pouco mais sobre a cultura do nordeste, e
trouxemos que contribuíram com a cultura nordestina. Chamo aqui ao programa, a
artista plástica muito renomada que com seu quadro “Auto da Compadecida",
entre Érika Mattos!
ÉRIKA MATTOS:
-- Bom dia gente!
Estou muito feliz de está aqui, um cantinho tão especial para a cultura nordestina,
é um grande privilégio!
APRESENTADORA:
-- Não tem o que
agradecer mais me diga como surgiu a ideia de produzir um quadro sobre o livro
"Auto da Compadecida"?
ÈRIKA
MATTOS:
-- Bem eu adoro o nordeste e sempre
tive um desejo de produzir uma obra, retratando essa maravilhosa cultura. Ao
ler o livro “Auto da Compadecida" me surpreendi como o autor Ariano
Suassuna conseguiu englobar vários temáticas polêmicas como: desigualdade, machismo,
preconceito social e racial, pobreza, adultério e solidão em um único texto
literário além de mostrar de forma engraçada e divertida. A obra mostra a
misturando da tradição religiosa e a popular, sobretudo ressaltando o ambiente
de crendices do povo, e assim mostrando tradição brasileira, além de ser uma
obra a retratação de uma historia real!
O
cachorro da mulher do padeiro está doente e ela quer que ele seja benzido. É
essa a causa de todos os acontecimentos narrados no Auto da Compadecida. João
Grilo, para satisfazer o desejo da patroa, arma uma imensa confusão que acaba
envolvendo o Padre, o Sacristão, o Bispo e até o coitado do seu amigo Chicó,
que de nada tem culpa, e no final das contas a cachorra tinha um testamento
(que era para o padre, bispo e frade), a mulher tinha comprado um gato que descomia
dinheiro e o marido tinham descobriu sua traição com Chicó, uma confusão atrás
da outra.
APRESENTADORA:
-- Um gato que
descomia dinheiro?
ÈRIKA MATTOS:
-- Sim, uma
invenção dele para conseguir tirar dinheiro do Padeiro e mulher, ele os odiava desde
a época que ele ficou doente os patrões não o ajudaram, deixando o coitadinho
na cama com febre.
APRESENTADORA:
-- Nossa!
Tadinho!
ÈRIKA MATTOS:
-- Ambos lutam
pelo pão de cada dia e atravessam por vários episódios enganando a todos da
pequena cidade em que vivem. É uma obra maravilho espero que todos se interessem
em ler
APRESENTADORA:
-- Eu mesmo já
vou comprar o meu! -Da uma risadinha- Mais tenho uma surpresa que acho que
todos irão gostar, Por favor, mulher do padeiro!
MULHER DO
PADEIRO:
-- Oi gente!
APRESENTADORA:
-- Como você está
bonita!
MULHER DO
PADEIRO:
-- Obrigada!
APRESENTADORA:
-- Mais me diga, você e seu marido se valem de suas ideologias para exclusão de João Grilo e Chicó
de suas vidas, porque esse tipo de comportamento se eles os ajudam tanto na
padaria?
MULHER DO
PADEIRO:
-- Ajuda? Eles
comem tudo que veem pela frente, se não ficar de olho neles comem tudo e não
sobra nadinha para vender, além do mais não tenho obrigação nenhuma de dar
suporte para esse tipo de gente, eles são só empregados!
ÉRIKA MATTOS:
-- Mais eles são
ajudantes da padaria porque renegar apenas um pedaço de pão?
MULHER DO PADEIRO:
-- Eu já disse
eles comem tudo que veem pela frente, e além do mais já pago o necessário para
sobreviverem, não tenho que ficar bancando-os!
ÉRIKA MATTOS:
-- Oks! Isso só
mostra que você apoia a desigualdade social!
MULHER DO
PADEIRO:
-- RUM! Pelo
menos eles recebem dinheiro e não precisam ficar igual ao cangaceiro Severino
que sofre de um perturbação mental, mata e saqueia todas as vilas. Aqueles dois
só usam a malandragem e a mente para conseguir o que quer aqueles ***!
REPÓRTER
TENTANDO ACALMAR A SITUAÇÃO:
-- Oks! Isso é
verdade!
MULHER DO
PADEIRO:
--Vocês reclamam
do meu tratamento com aqueles doidos, mais nem me perguntaram por que me chamo
mulher do padeiro. A desigualdade e desvalorização de nós mulheres naquela
época era tanta, que nem pude receber um nome!
APRESENTADORA:
-- Mais seu
marido ao casarem não lhe deu um nome?
MULHER DO
PADEIRO:
--Não!Aquele
desgraçado só me explorava, mais agora tomei as rédeas! Ele faz tudo o que
quero, sem nem dizer um ai!
APRESENTADORA:
-- Mais se você tomou as rédeas, por que o trai?
MULHER DO
PADEIRO:
-- Traio para me
divertir vendo-o pagar pelas coisas que me fez passar, inclusive com muitos
homens da cidade- risadinha -.
APRESENTADORA:
-- Ele nunca desconfiou?
MULHER DO
PADEIRO:
-- Consigo
engana-lo toda vez, ainda por cima boto a culpa nos outros! - dá uma risadinha
- Mas não sou a única fazendo coisa errada naquela cidade, o padre também fez!
ERIKA MATTOS:
-- Verdade o
padre e o bispo fazem tudo por dinheiro, são muitos ambiciosos além de serem
preconceituosos com quem não tem status na sociedade.
MULHER DO
PADEIRO:
--Está vendo!
APRESENTADORA:
-- Bem meninas
me desculpem mais temos que ir, hoje foi realmente um dia prazeroso mais nosso
tempo acabou, espero ver vocês mais vezes aqui! Obrigado a todos, e até terça que
vem! Tchau!
MULHER DO
PADEIRO:
--Tchau “vídeo
show”! – soltando beijos para câmera-
ÉRIKA E A
APRESENTADORA FALAM AO MESMO TEMPO:
-- É cultura
nordestina!
Toca musica de
encerramento, e acaba o programa.
Tudo começa com a história da mulher do padeiro querendo benzer a sua cachorrinha que estava doente,e manda seus funcionários João Grilo e Chicó que vão perguntar ao Padre se ele poeria benzer a cachorrinha. O Padre não aceita alegando não ser um ser humano. João homem muito esperto resolve inventar que era funcionário de Antonio Morais (rico proprietário de terra), o Padre muda de ideia repentinamente. Tudo ia bem até que ... Antonio Morais chega a porta da igreja querendo ... ir ... Bem para saber o final dessa história cômica e recheada de polemicas, intrigas, confusões, cangaceiros e personagens mentirosos, solitários e preconceituosos leia o livro Auto da Compadecida escrita por Ariano Suassuna que juntou várias temáticas do nordeste em um único livro, além de levantar a crítica sobre a religião e criatividade de cada um!